quinta-feira, 18 de junho de 2015

A Serpente Cobre


נחש הנחשת
A Serpente de Cobre
Números 21:4-10



Os nossos Sábios nos ensinam que toda a Terra é governada pela Lei da Natureza, apenas Israel é governado pela Lei de Deus – uma Lei Sobrenatural. Esta afirmação é fácil de constatar, como por exemplo:

·        Indivíduos de todos os povos e nações buscam a Deus a fim de se salvarem. Não foi com Israel, nós não escolhemos a Deus, antes Ele, o Eterno bendito seja, nos escolheu para ser o nosso Deus e nós os Filhos de Israel o Seu Povo (Êxodo 4:22 e Jeremias 31:9, por exemplo).

·        Por Inspiração Divina e pelas mãos dos Filhos de Israel é que foi revelada ao Mundo a Universal Palavra de Deus (Isaías 10:17/49:6/60:3, Zacarias 8:23 e Mateus 5:16 por exemplo). 

·        Foi dentre nós; os Filhos de Israel que se levantou o Mashiach para Salvação do Mundo (Mateus 1:21 e João 4:22, por exemplo).

·        Foi conosco; os Filhos de Israel que o próprio Eterno fez uma Aliança Eterna (Gênesis 17:10-13 e 1Crônicas 16:15-18 por exemplo).

·        Todos os Santos e Profetas genuínos, reverenciados universalmente são judeus.

·        E mesmo hoje em dia o Eterno nos sustenta com Milagres e Prodígios garantindo a nossa existência como Povo Eterno.

Nós os Filhos de Israel vivemos sob uma Lei Eterna e Sobrenatural. Assim que, quando pecamos, o nosso castigo difere do castigo proposto para os demais povos da Terra (Romanos 2:12-13). Os gentios quando pecam, o Eterno lhes envia um mal sobrenatural, de outro lugar (ver as pragas do Egito, por exemplo: Êxodo 11:1), assim eles não sabem de onde vem o mal. Quando Israel peca, o Eterno retira momentaneamente de sobre nós a Sua Proteção Sobrenatural e nos entrega nas “mãos da Natureza”, no caminho dos gentios, caminhos estes que naturalmente estamos proibidos de trilhar (Provérbios 2:10-15 e Efésios 4:17, por exemplo).

É comum no Deserto encontrarmos cobras e escorpiões, plantas venenosas e águas amargas (e isso quando encontramos água), é comum no deserto morrer de fome, de sede, de frio e de calor, sem falar nos tantos outros perigos naturais do Deserto. No entanto, Israel caminhou pelo Deserto por quarenta anos e nenhum destes males naturais do Deserto nos assolou durante estes longos quarenta anos, se não justamente agora, neste momento específico no relato da Torá (Números 21:4-10). Assim que quando o texto em português nesta passagem nos informa que: “Deus enviou serpentes abrasadoras...”, o sentido do Texto hebreu é que o Eterno nos entregou aos domínios da Natureza do Deserto cuja presença de serpentes abrasadoras é mais do que natural. O Deserto é o lar das serpentes, assim o Eterno só permitiu que as serpentes fizessem o que lhes é próprio e o Milagre então foi retirado, pois, o Milagre na verdade era a ausência das serpentes por todo esse tempo de nossa peregrinação.

Pelo acima exposto, conclui-se então que o sobrenatural não se manifestou com o surgimento das serpentes, antes o sobrenatural se manifestou durante os ininterruptos 40 anos que nós perambulamos pelo Deserto sem ser incomodados por qualquer delas.

Todavia, qual foi o nosso pecado então? O nosso pecado neste contexto consistiu de um desejo momentâneo de viver uma vida natural como as demais pessoas do mundo. Por um momento nós os judeus cansamos de ser diferentes dos demais povos da Terra. É óbvio que isso chateou ao Eterno, no entanto, ao invés de nos punir como faria com qualquer que ofenda a Sua Santidade, Ele apenas nos entregou à nossa própria sorte, semelhante ao que vive os gentios. Uma vez afastada de nós a Presença Divina, as serpentes poderam então fluir para dentro do acampamento de Israel, como elas já faziam em qualquer acampamento no Deserto.

Não demorou muito para que os nossos Pais percebessem o perigo que é estar entregue à própria sorte, e logo voltaram atrás, não prestando atenção ao apelo do Yetzer HaRá (a má inclinação), arrependidos buscamos a Deus, nosso Senhor, e Ele não nos desamparou, antes ordenou a Moshé Rabeinu que construísse uma Serpente de Cobre (Números 21:4-10) e a levantasse em direção ao Sol.

Observe que a Solução para as picadas das serpentes não envolveu se livrar das próprias serpentes. O Povo Judeu tinha cometido um pecado e precisava ser punido. Então, qual a lógica de se fazer uma Serpente de Cobre, ao invés de fazer sumir todas as serpentes de uma vez por todas?

As palavras em hebraico para Serpente e Cobre vêm da mesma raiz:

נחש=נחשת

Nachash e Nechoshet

O Cobre é um metal avermelhado, lembra-nos o Fogo. É com fogo que o Eterno, bendito seja o Seu nome, purifica todas as coisas (naturais e espirituais), é com o tormento do fogo que o homem é purificado no Juízo Divino por causa dos seus pecados. A Serpente foi construída de Cobre, pois, Deus disse a Moshé que ele fizesse um Saraf (de acordo com o Texto Hebreu) que quer dizer; reluzente, ardente ou abrasador.

Os nossos sábios nos ensinam que um homem que se comporta de forma maliciosa está inclinado à natureza de uma serpente (Salmos 58:1-5). Neste contexto, a Serpente é um símbolo da sedução do pecado, assim como as serpentes se misturam à erva do campo a fim de não serem vistas pelos homens assim também a voz do Yetzer HaRá (a nossa má inclinação) se mistura de lógica e “verdade” a fim de que não entendamos tal sugestão como má.

O Yetzer HaRá nos seduz a acreditar que a sua voz dentro de nós, nos instigando para o mal é a “verdade” falando.

A solução portanto, consiste em tomar a serpente (o Yetzer HaRá) e coloca-la em uma haste (confessando as suas faltas ante o Todo Poderoso), levando-a para fora de nós e identifica-la com o mal próprio que é. No entanto, esta serpente que você exterioriza em suas confissões é apenas uma imagem da verdadeira serpente escondida em sua natureza, e não há como se livrar dela porque ela é parte natural de você. Dessa forma, para que serve a minha confissão então?

Perceba que o Eterno não matou as serpentes no Deserto, pois, estas também são criaturas Suas, e nem tão pouco as impediu de picar o Povo. A única saída era; todo aquele que fora picado por qualquer serpente deveria contemplar a Serpente de Cobre e o veneno da serpente natural não lhes fazia dano algum. Semelhantemente, aquele expõe à Deus as suas faltas terá consciência de sua má inclinação e o Eterno o ensinará como lidar com tal limitação de forma que o mal pensamento não interferirá em suas boas ações (Gênesis 4:6-7).

Arrepender-se e confessar em voz alta os pecados cometidos pode ser muito doloroso, e é isso que simboliza o Cobre, o tormento imposto pela vergonha de ter feito algo errado e ter que se explicar publicamente, por outro lado, o Cobre também representa o reluzir de uma alma purificada pelo perdão.

É curioso notar que o homem que procede maliciosamente é comparado com uma serpente – Nachash – enquanto aquele que procede retamente é comparado ao Cobre – Nechoshet.

Aquela Serpente de Cobre construída por Moshé por Ordem Divina, nos curou no Deserto do veneno mortal das serpentes abrasadoras do Deserto. Os nossos Sábios nos ensinam que esta mesma Serpente continuou com suas propriedades curativas mesmo depois deste evento em particular, de forma que a incluímos dentre os Tesouros Sacros de nosso Deus. A Serpente de Cobre esteve conosco por muitas gerações (mais ou menos 700 anos), e todas as vezes que alguém era picado por serpentes recorria a ela como escrito na Torá e o veneno era imediatamente anulado.

A Serpente de Cobre, assim como todos os outros ícones do Judaísmo, tem por função nos fazer refletir sobre Deus, sobre Sua Grandeza. Nenhum dos Símbolos Hebreus devem ser tomados fora de seu contexto na Torá, pois, aqueles que assim o fizerem certamente incorrerá no pecado de Idolatria.

Infelizmente, alguns dentre nós, imitando a conduta idólatra dos gentios, tomaram a Serpente de Cobre fora de seu contexto na Torá, e assim acabaram por torna-la como um deus à parte de Deus. E se tornaram idólatras. Até que se levantou na Judéia um rei por nome Chizquiahu (Ezequias) e a destruiu (2 Reis 18:4) e assim cessamos de cultuar a Serpente de Cobre.

No entanto, este evento não foi o fim da Serpente de Cobre. Rabi Yeshua, na época em que esteve entre nós, nos ensinou dizendo: “E, como Moisés levantou a Serpente no Deserto, assim importa que o Filho do Homem seja levantado.” (João 3:14) À partir daqui, os poderes curativos da Serpente de Cobre ressurgem!


Após a Crucificação, qualquer pessoa com fé suficiente é capaz de experimentar uma cura milagrosa em Nome de Yeshua HaMashiach, na verdade, a cura se manifestará independentemente da vocalização do Nome de Mashiach, pois, tal fenômeno não depende da grafia de Seu nome, mas do Crédito que ele tem com Deus Pai, dele e nosso.

Rabi Yeshua sob a alcunha latina de Jesus Cristo tem se tornado a figura mais popular do mundo. Ele é venerado e aceito como Deus por praticamente todas as modalidades de cristãs ao redor do Mundo. Não há quem experimentando invocar o Nome de Mashiach de uma forma ou de outra que não tenha experimentado o Sobrenatural de forma positiva para si mesmo ou para alguém. Nisso não há problema algum, salvo por um detalhe ...

Rabi Yeshua nos ensinou: “Quem crê em Mim, como diz as Escrituras, Rios de Água Viva correrão do seu ventre.” (João 7:38) Rabi Yeshua está nos informar sobre a forma correta de crer Nele, que é “segundo diz as Escrituras”, não se deve crer de qualquer forma. A cura não é o maior milagre daquele que crê em Jesus. Perceba que Rabi Yeshua nos alertou mais de uma vez sobre tais erros de pensamento:

“Portanto, se a tua mão ou o teu pé te escandalizar, corta-o, e atira-o para longe de ti; melhor te é entrar na vida coxo, ou aleijado, do que, tendo duas mãos ou dois pés, seres lançado no fogo eterno.”

(Mateus 18:8)

“E, não podendo aproximar-se dele, por causa da multidão, descobriram o telhado onde estava, e, fazendo um buraco, baixaram o leito em que jazia o paralítico. E Jesus, vendo a fé deles, disse ao paralítico: Filho, perdoados estão os teus pecados. E estavam ali assentados alguns dos escribas, que arrazoavam em seus corações, dizendo: Por que diz este assim blasfêmias? Quem pode perdoar pecados, senão Deus?
E Jesus, conhecendo logo em seu espírito que assim arrazoavam entre si, lhes disse: Por que arrazoais sobre estas coisas em vossos corações?
Qual é mais fácil? dizer ao paralítico: Estão perdoados os teus pecados; ou dizer-lhe: Levanta-te, e toma o teu leito, e anda? Ora, para que saibais que o Filho do homem tem na terra poder para perdoar pecados (disse ao paralítico), a ti te digo: Levanta-te, toma o teu leito, e vai para tua casa.
E levantou-se e, tomando logo o leito, saiu em presença de todos, de sorte que todos se admiraram e glorificaram a Deus, dizendo: Nunca tal vimos.”

(Marcos 2:4-12)
 

A principal recompensa de crer em Yeshua é a Perfeição, como está Escrito:

“E, pondo-se a caminho, correu para ele um homem, o qual se ajoelhou diante dele, e lhe perguntou: Bom Mestre, que farei para herdar a Vida Eterna? E Jesus lhe disse: Por que me chamas bom? Ninguém há bom senão Um, que é Deus. Tu sabes os Mandamentos: Não adulterarás; não matarás; não furtarás; não dirás falso testemunho; não defraudarás alguém; honra a teu pai e a tua mãe.
Ele, porém, respondendo, lhe disse: Mestre, tudo isso guardei desde a minha mocidade.
E Jesus, olhando para ele, o amou e lhe disse: Falta-te uma coisa: vai, vende tudo quanto tens, e dá-o aos pobres, e terás um Tesouro nos Céu; e vem, toma a Cruz, e segue-me.”

(Marcos 10:17-21)

Mas, quando vier o que é perfeito, então o que o é em parte será aniquilado.
Quando eu era menino, falava como menino, sentia como menino, discorria como menino, mas, logo que cheguei a ser homem, acabei com as coisas de menino.
Porque agora vemos por espelho em enigma, mas então veremos face a face; agora conheço em parte, mas então conhecerei como também sou conhecido.

(1 Coríntios 13:10-12)



Rabi Yeshua nos ensinou uma fórmula correta de reverenciá-lo, Ele sabia que nos dias por vir, muitos o entenderiam errado, muitos o buscariam pelos princípios equivocados e consequentemente causariam problemas:

“Nem todo o que me diz: Senhor, Senhor! entrará no Reino dos Céus, mas aquele que faz a Vontade de Meu Pai, que está nos Céus. Muitos me dirão naquele dia: Senhor, Senhor, não profetizamos nós em teu Nome? E em teu Nome não expulsamos demônios? e em teu Nome não fizemos muitas maravilhas? E então lhes direi abertamente: Nunca vos conheci; apartai-vos de mim, vós que praticais a iniqüidade.”
(Mateus 7:21-23)

Todos os Agentes Divinos; os Mensageiros Celestiais, os Profetas, Moshé e o próprio Mashiach têm por Missão Divina: Concertar o Mundo, direcionar o coração da humanidade à Deus e promover na terra o Culto a Deus Único. Como Escrito em Deuteronômio 6:4 e Marcos 12:29.

Tendo isto em vista, concluímos com segurança que; qualquer culto religioso que não estiver direcionado ao Santo bendito seja o Seu Nome, Único Criador e Dominador, se não estiver tal culto de acordo com as Escrituras Sagradas, tal culto, por mais belo que seja, é um culto idólatra.


Deus é Um, afirma a Torá e assim nos ensinou Rabi Yeshua.

Assim como Moshé levantou a Serpente no Deserto, convinha que Rabi Yeshua fosse levantado na Cruz. Infelizmente assim como o entendimento errado do papel da Serpente de Cobre inaugurou um culto idólatra, da mesma forma o Ato Santo de Rabi Yeshua quando posto fora do contexto das Escrituras Sagradas tem (e com frequência) causado o mesmo.

נחש=משיח
Mashiach = Nachash

7 = 7

Curiosamente, os valores numéricos das palavras hebraicas para Messias e Serpente são o mesmo. Isso nos chama atenção para a linha tênue entre o certo e o errado, entre a verdade e a mentira, entre a Vida e a Morte. Mediante isso, o Eterno nos aconselha:


“Quando deres ouvidos à Voz do Senhor teu Deus, guardando os Seus Mandamentos e os Seus Estatutos, Escritos neste Livro da Lei, quando te converteres ao Senhor teu Deus com todo o teu coração, e com toda a tua alma.  Porque este Mandamento, que hoje te ordeno, não te é encoberto, e tampouco está longe de ti. Não está nos Céus, para dizeres: Quem subirá por nós aos Céus, que no-lo traga, e no-lo faça ouvir, para que o cumpramos? Nem tampouco está além do mar, para dizeres: Quem passará por nós além do mar, para que no-lo traga, e no-lo faça ouvir, para que o cumpramos?
Porque esta Palavra está mui perto de ti, na tua boca, e no teu coração, para a cumprires.
...
 Vês aqui, hoje te tenho proposto a Vida e o Bem, e a Morte e o Mal;
Porquanto te ordeno hoje que ames ao Senhor teu Deus, que andes nos Seus Caminhos, e que guardes os Seus Mandamentos, e os Seus Estatutos, e os Seus Juízos, para que vivas, e te multipliques, e o Senhor teu Deus te Abençoe na Terra a qual entras a possuir.”

(Deuteronômio 30:10-16)

Aqui está a Fórmula...
Shalom UL’Hitraot!!!

Deus não está Morto



Comentário sobre o filme:
Deus não está Morto
Sob a Ótica Bíblica

O filme nos insere no cenário moderno de um mundo instável e capitalista, onde a busca por recursos que nos permite ter vidas confortáveis é cada vez mais competitiva e a rivalidade é cada vez mais acirrada e feroz. Em meio a toda esta loucura do século XXI o filme nos convida a refletir sobre a Fé, e acima de tudo sobre a fé cristã.

É um filme inegavelmente evangélico, no entanto, muito inteligente, um filme que surpreende apesar de trabalhar com um tema aparentemente tão simplório. Sobre tudo; é um filme que nos provoca reflexão e eleva a profissão de fé ao nível de ciência acadêmica, faz com que a Religião venha a adquirir uma roupagem moderna e sem perder a vitalidade ancestral, cativando a atenção dos simples e doutos, seja na Religião ou na Ciência.

Ah! Em relação às críticas; devo dizer que algumas outras opiniões religiosas e filosóficas válidas sugeridas no filme, não foram levadas a sério, quando não marginalizadas, e que o embasamento bíblico no decorrer do filme através de citações diretas dos Textos Sagrados foi insuficiente.  

A seguir, alguns Trechos das Sagradas Escrituras que busca embasar e ou criticar a conduta dos personagens principais da trama:

 Sobre o muçulmano e sua filha Isha 
 O pai de Isha a expulsou de casa porque ela optou por outra religião que não era a Religião de sua família, por quais motivos ele foi tão áspero e extremista?

“Ouve, Israel, o Senhor nosso Deus é o único Senhor. Amarás, pois, o Senhor teu Deus de todo o teu coração, e de toda a tua alma, e de todas as tuas forças. E estas Palavras, que hoje te ordeno, estarão no teu coração; e as ensinarás a teus filhos e delas falarás assentado em tua casa, e andando pelo caminho, e deitando-te e levantando-te.”
(Deuteronômio 6:4-7)

“Aproximou-se dele um dos escribas que os tinha ouvido disputar, e sabendo que lhes tinha respondido bem, perguntou-lhe: Qual é o Primeiro de todos os Mandamentos? E Jesus respondeu-lhe: O Primeiro de todos os Mandamentos é: Ouve, Israel, o Senhor nosso Deus é o Único Senhor.
Amarás, pois, ao Senhor teu Deus de todo o teu coração, e de toda a tua alma, e de todo o teu entendimento, e de todas as tuas forças; este é o primeiro Mandamento. E o segundo, semelhante a este, é: Amarás o teu próximo como a ti mesmo. Não há outro Mandamento maior do que estes.
E o escriba lhe disse: Muito bem, Mestre, e com Verdade disseste que há Um só Deus, e que não há outro além Dele; e que amá-lo de todo o coração, e de todo o entendimento, e de toda a alma, e de todas as forças, e amar o próximo como a si mesmo, é mais do que todos os holocaustos e sacrifícios. E Jesus, vendo que havia respondido sabiamente, disse-lhe: Não estás longe do Reino de Deus. E já ninguém ousava perguntar-lhe mais nada.”
(Marcos 12:28-34)

“Deus! Não há mais divindade além d'Ele, o Vivente, o Subsistente. Ele te revelou (ó Mohammad) o Livro (paulatinamente) com a Verdade corroborante dos anteriores, assim como havia revelado a Torá e o Evangelho, Anteriormente, para servir de orientação aos humanos, e relevou ainda o Discernimento (julgamento entre o bem e o mal).”

(Alcorão, Surata 3:3-4)

“Quando profeta ou sonhador de sonhos se levantar no meio de ti, e te der um sinal ou prodígio, e suceder o tal sinal ou prodígio, de que te houver falado, dizendo: Vamos após outros deuses, que não conheceste, e sirvamo-los; não ouvirás as palavras daquele profeta ou sonhador de sonhos; porquanto o Senhor vosso Deus vos prova, para saber se amais o Senhor vosso Deus com todo o vosso coração, e com toda a vossa alma.
Após o Senhor vosso Deus andareis, e a ele temereis, e os seus Mandamentos guardareis, e a sua voz ouvireis, e a ele servireis, e a ele vos achegareis. E aquele profeta ou sonhador de sonhos morrerá, pois falou rebeldia contra o Senhor vosso Deus, que vos tirou da terra do Egito, e vos resgatou da casa da servidão, para te apartar do Caminho que te ordenou o Senhor teu Deus, para andares nele: assim tirarás o mal do meio de ti.
Quando te incitar teu irmão, filho da tua mãe, ou teu filho, ou tua filha, ou a mulher do teu seio, ou teu amigo, que te é como a tua alma, dizendo-te em segredo: Vamos, e sirvamos a outros deuses que não conheceste, nem tu nem teus pais; dentre os deuses dos povos que estão em redor de vós, perto ou longe de ti, desde uma extremidade da terra até à outra extremidade; não consentirás com ele, nem o ouvirás; nem o teu olho o poupará, nem terás piedade dele, nem o esconderás...”
(
Deuteronômio 13:1-8)

 Sobre a esposa do professor de filosofia
 Ela claramente se declarou cristã, e portanto, deveria, como uma genuína cristã, se comportar de acordo com a Fé que professava, o que no decorrer do filme não aconteceu. Ela se desvencilhou do relacionamento, que por ser uma mulher madura em um relacionamento sério que no filme é intitulado como “namoro” mas que claramente envolvia (implicitamente) relação sexual, e neste contexto as Escrituras Sagradas os considera como CASADOS, quando ela de livre e espontânea vontade, sem levar em consideração o padrão moral da religião que professava resolveu se separar, acabou por contrariar os seguintes parâmetros estipulados para todo mulher que crê em Deus, que é como segue:

“... Semelhantemente, vós, mulheres, sede sujeitas aos vossos próprios maridos; para que também, se alguns não obedecem à Palavra, pelo porte de suas mulheres sejam ganhos sem palavra; considerando a vossa vida casta, em temor. O enfeite delas não seja o exterior, no frisado dos cabelos, no uso de jóias de ouro, na compostura dos vestidos...”
(
1 Pedro 3:1-3)

“... A serem moderadas, castas, boas donas de casa, sujeitas a seus maridos, a fim de que a Palavra de Deus não seja blasfemada.”
(
Tito 2:5)

“Vós, mulheres, estai sujeitas a vossos próprios maridos, como convém no Senhor.”
(
Colossenses 3:18)

“Vós, mulheres, sujeitai-vos a vossos maridos, como ao Senhor; porque o marido é a cabeça da mulher, como também Cristo é a cabeça da Igreja, sendo ele próprio o Salvador do corpo. De sorte que, assim como a Igreja está sujeita a Cristo, assim também as mulheres sejam em tudo sujeitas a seus maridos.”
(
Efésios 5:22-24)

“Porque a mulher que está sujeita ao marido, enquanto ele viver, está-lhe ligada pela lei; mas, morto o marido, está livre da lei do marido.”
(
Romanos 7:2)

“E se alguma mulher tem marido descrente, e ele consente em habitar com ela, não o deixe. Porque o marido descrente é santificado pela mulher; e a mulher descrente é santificada pelo marido; de outra sorte os vossos filhos seriam imundos; mas agora são santos.”
(
1 Coríntios 7:13,14)

Sobre o Josh, o rapaz que defende a tese de que Deus não está morto
O rapaz se sente incomodado o fato do professor de filosofia se posicionar a favor do Ateísmo, logo, se recusa a seguir a maioria e na sequência do filme lhe dado a oportunidade (não de forma passiva) de defender sua crença o que ele faz com rara maestria e inteligência para o “mundo evangélico”. Ele se sai tão bem que sua defesa pode com certeza ser tomada como “Manual de defesa da Fé”, ficou muito bom, só por isso o fime se torna indispensável para aqueles que curtem filmes com temas religiosos. Assim que, de acordo com a Ótica Bíblica, o comportamento do rapaz pode ser identificado em basicamente duas passagens das Escrituras Sagradas:

“Portanto, qualquer que me confessar diante dos homens, eu o confessarei diante de Meu Pai, que está nos Céus. Mas qualquer que me negar diante dos homens, eu o negarei também diante de meu Pai, que está nos Céus.
(Mateus 10:32,33)

“E, chegando-se Jesus, falou-lhes, dizendo: É-me dado todo o Poder nos Céus e na Terra. Portanto ide, fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo; ensinando-os a guardar todas as coisas que Eu vos tenho mandado; e eis que Eu estou convosco todos os dias, até a consumação dos séculos. Amén.”

(Mateus 28:18-20)
Sobre o professor de filosofia
Ele ao que parece, realmente tinha uma mente brilhante, no entanto, se achava superior a qualquer sentimento religioso pelo fato de ter perdido a mãe para o cancer sem que “Deus tenha feito nada para ajudar”, e ainda (diga-se de passagem) que apesar de ficar implicito, mas certamente ele se decepcionou bastante com o nível intelectual dos “crentes”, que em relação à maioria deles, ele era realmente intelectualmente superior, no entanto, no fanal do filme, ele antes de morrer, confessa Jesus como Salvador, e fica claro que o principal motivo de sua aceitação não foi exatamente o medo de morrer, mas o fato de saber que ser religioso não é o mesmo que ser burro, ele descobre no decorrer do filme que há crentes de mentes brilhantes (ainda que seja raro). Para ele eu leria:

“Tão boa é a Sabedoria como a herança, e dela tiram proveito os que vêem o sol. Porque a Sabedoria serve de defesa, como de defesa serve o dinheiro; mas a excelência do Conhecimento é que a Sabedoria dá Vida ao seu possuidor. Atenta para a Obra de Deus; porque quem poderá endireitar o que ele fez torto?”

(Eclesiastes 7:11-13)


“E veio a mim a Palavra do Senhor, dizendo: Filho do homem, dize ao príncipe de Tiro: Assim diz o Senhor Deus: Porquanto o teu coração se elevou e disseste: Eu sou Deus, sobre a Cadeira de Deus me assento no meio dos mares; e não passas de homem, e não és Deus, ainda que estimas o teu coração como se fora o coração de Deus; eis que tu és mais sábio que Daniel; e não há segredo algum que se possa esconder de ti. Pela tua sabedoria e pelo teu entendimento alcançaste para ti riquezas, e adquiriste ouro e prata nos teus tesouros. Pela extensão da tua sabedoria no teu comércio aumentaste as tuas riquezas; e eleva-se o teu coração por causa das tuas riquezas; portanto, assim diz o Senhor Deus: Porquanto estimas o teu coração, como se fora o coração de Deus, por isso eis que Eu trarei sobre ti estrangeiros, os mais terríveis dentre as nações, os quais desembainharão as suas espadas contra a formosura da tua sabedoria, e mancharão o teu resplendor. Eles te farão descer à cova e morrerás da morte dos traspassados no meio dos mares. Acaso dirás ainda diante daquele que te matar: Eu sou Deus? mas tu és homem, e não Deus, na mão do que te traspassa.”
(
Ezequiel 28:1-9)

 Sobre o pastor 

 No decorrer do filme, o pastor se mostrou bem comum, sua postura religiosa foi mais fraca do que a do rapaz, que no contexto do filme, o rapaz era apenas um membro de uma congregação qualquer. Esperei mais do pastor. E quando ele finalmente teve a oportunidade de fazer algo relevante na vida de alguém (da namorada do professor), ele usou de psicologia barata a acabou com resto do relacionamento da moça, que como vimos no trecho deste trabalho onde ela é citada, que por imprudência dela mesmo é que as coisas tinha chegado a um estado crítico. Portanto para ele está Escrito:

“E o rei de Israel e Jeosafá, rei de Judá, estavam assentados cada um no seu trono, vestidos de trajes reais, na praça, à entrada da porta de Samaria; e todos os profetas profetizavam na sua presença. E Zedequias, filho de Quenaaná, fez para si uns chifres de ferro, e disse: Assim diz o Senhor: Com estes ferirás aos sírios, até de todo os consumir. E todos os profetas profetizaram assim, dizendo: Sobe a Ramote de Gileade, e triunfarás, porque o Senhor a entregará na mão do rei. E o mensageiro que foi chamar a Micaías falou-lhe, dizendo: Vês aqui que as palavras dos profetas a uma voz predizem coisas boas para o rei; seja, pois, a tua palavra como a palavra de um deles, e fala bem. Porém Micaías disse: Vive o Senhor que o que o Senhor me disser isso falarei. E, vindo ele ao rei, o rei lhe disse: Micaías, iremos a Ramote de Gileade à peleja, ou deixaremos de ir? E ele lhe disse: Sobe, e serás bem sucedido; porque o Senhor a entregará na mão do rei. E o rei lhe disse: Até quantas vezes te conjurarei, que não me fales senão a verdade em nome do Senhor? Então disse ele: Vi a todo o Israel disperso pelos montes, como ovelhas que não tem pastor; e disse o Senhor: Estes não têm senhor; torne cada um em paz para sua casa. Então o rei de Israel disse a Jeosafá: Não te disse eu, que nunca profetizará de mim o que é bom, senão só o que é mal? Então ele disse: Ouve, pois, a Palavra do Senhor: Vi ao Senhor assentado sobre o Seu Trono, e todo o Exército dos Céu estava junto a Ele, à Sua Mão direita e à Sua esquerda. E disse o Senhor: Quem induzirá Acabe, para que suba, e caia em Ramote de Gileade? E um dizia desta maneira e outro de outra. Então saiu um espírito, e se apresentou diante do Senhor, e disse: Eu o induzirei. E o Senhor lhe disse: Com quê? E disse ele: Eu sairei, e serei um espírito de mentira na boca de todos os seus profetas. E ele disse: Tu o induzirás, e ainda prevalecerás; sai e faze assim. Agora, pois, eis que o Senhor pôs o espírito de mentira na boca de todos estes teus profetas, e o Senhor falou o mal contra ti.




Sobre a moça com câncer
Ela se torna no decorrer do filme um protótipo perfeito da mulher moderna que confunde prazer, conforto e sexo com amor e família. Passou toda a sua vida se realizando profissionalmente e teve relativo sucesso, até que desejou adquirir o que quelquer mulher simples e de juízo perfeito deseja; um marido, e pensou que já o tinha, no entanto, todas as suas certezas foram por água à baixo quando o namorado deixa claro o que ela já sabia, mas não queria prestar atenção. E como se ainda fosse pouco, ela se deparou com um cancer. A parte em que ela foi feliz em sua atuação, foi o momento em que ela questiona a moral de um homem que se dizia crente, que, no entanto, mais parecia um roqueiro e cuja atividade comercial que envolvia a caça predatória de animais parecia não condizer com sua profissão de fé, e neste caso ela estava certa e ele errado. Contudo, na continuação de sua história, ela nos obriga a refletir sobre nossas prioridades na vida, e rever a importância da religião no nosso cotidiano.  De acordo com a Ótica Bíblica, foi mais ou menos essa mensagem que ela me passou:

“Outra vez me voltei, e vi vaidade debaixo do sol. Há um que é só, e não tem ninguém, nem tampouco filho nem irmão; e contudo não cessa do seu trabalho, e também seus olhos não se satisfazem com riqueza; nem diz: Para quem trabalho eu, privando a minha alma do bem? Também isto é vaidade e enfadonha ocupação. Melhor é serem dois do que um, porque têm melhor paga do seu trabalho. Porque se um cair, o outro levanta o seu companheiro; mas ai do que estiver só; pois, caindo, não haverá outro que o levante. Também, se dois dormirem juntos, eles se aquentarão; mas um só, como se aquentará? E, se alguém prevalecer contra um, os dois lhe resistirão; e o cordão de três dobras não se quebra tão depressa.”
(
Eclesiastes 4:7-12)






Sobre o japonês
Um rapaz de outro país e cultura, no Japão moderno, a religião está relegada aos velhos. A maioria não professa nada, ainda que tradicionalmente pertença a esta ou a aquela tradição religiosa ancestral. Por causa do capitalismo, o Japão precisou se readaptar internamente ao mundo moderno dos negócios e se posicionar de forma a não ficar para trás no avanço das técnologias desenvolvidas mundo a fora e levadas para o Japão através da globalização. Depois de tudo, o Japão é hoje reverenciado pelos seus avanços tecnologicos e ciêntíficos, no entanto, já há muito tempo que desprezam como nação o sentimento da Fé em qualquer religião. É neste contexto que o rapaz japonês surge, a questão religiosa é apesar de sua abstração algo da essência do ser humano e como tal indispensável para uma vida psicologicamente sadia, por isso a proposta de aceitar Jesus como Salvador foi para ele como um resgate a um estilo de vida “meio que ancestral”. Este trecho me parece pertinente:

“Também me livraste das contendas do meu povo; guardaste-me para cabeça das nações; o povo que não conhecia me servirá. Os filhos de estranhos se me sujeitaram; ouvindo a minha voz, me obedeceram.”
(
2 Samuel 22:44,45)


Por fim; concordo com o filme que no final deixa claro que:

Deus não está Morto


FIM





domingo, 14 de junho de 2015

Por que Mil Anos?

ימי המשיח 
Yemei HaMelekh Mashiach
Por que mil anos?


 ''Eu vi descer dos Céus um mensageiro, que tinha a chave do abismo, e uma grande cadeia na sua mão. Ele prendeu o dragão, a antiga serpente, que é o Diabo e Satanás, e amarrou-o por mil anos. E lançou-o  no abismo, e ali o encerou, e pôs selo sobre ele, para que não mais engane as nações, até que os mil anos se acabem. E depois importa que seja solto por um pouco de tempo. E vi tronos; e assentaram-se sobre eles,e foi-lhes dado o poder de julgar; e vi as almas daqueles que foram degolados pelo testemunho de Yeshua, e pela Palavra de Deus, e que não adoraram a Besta, nem a sua imagem, e não receberam o sinal em suas testas e nem em suas mãos; e viveram, e reinaram com Mashiach durante mil anos. Mas os outros mortos não reviveram, até que os mil anos se acabaram. Esta é a primeira Ressurreição. Bem-aventurado e santo aquele que tem parte na primeira ressurreição; sobre estes não tem poder a segunda morte; mas serão sacerdotes de Deus e de Mashiach, e reinarão com ele mil anos. E, acabando-se os mil anos, Satanás será solto da sua prisão, e sairá a enganar as nações que estão sobre os quatro cantos da Terra, Gogue e Magoge, cujo número é como a areia do mar, para as ajuntar em batalha.''
(Apocalipse 20:1-8)

Por quê o Reino do Messias durará mil anos nem mais nem menos?
Para responder a esta pergunta teremos que entender certos conceitos bíblicos estipulados por Deus em relação ao Tempo desde a Gênesis do Universo. 

A Criação

'' No princípio criou Deus os Céus e a Terra... E foi tarde e foi manhã, o dia primeiro... E foi tarde e foi manhã, o dia segundo... E foi tarde foi manhã, o dia terceiro... E foi tarde e foi manhã o dia quarto... E foi tarde e foi manhã o dia quinto... E foi tarde e foi manhã o dia sexto.'' 
(Gênesis 1:1-31)

O Eterno criou os Céus e a Terra em seis dias, no entanto, o conceito ''dia com 24 horas'' como conhecemos ainda não existia, portanto, não nos é permitido (pelo menos até então) saber quanto tempo durou cada dia da criação. Os seis dia da Criação podem ter durado milhões ou até bilhões de anos.

''Assim os Céus, a Terra e todo o seu exército foram acabados. E havendo Deus acado o dia sétimo a obra que fizera, descansou no sétimo dia de toda sua obra que tinha feito. E abençoou Deus o dia sétimo, e o santificou; porque nele descansou de toda a sua obra que Deus criara e fizera.''
(Gênesis 2:1-3)

Perceba que a nenhum dia da criação o Eterno nomeou, no entanto, ao sétimo dia, o Eterno o chamou de Shabat, o sétimo dia é o único dia que tem nome. Isto nos sugere que o sétimo dia não é para Deus um dia comum, mas um dia com um significado especial. E as próprias Escrituras Sagradas atestam isso em muitas passagens da Torá e do Tanakh como um todo. Como por exemplo na passagem a seguir: 
''Lembra-te do dia do Shabat, para o santificar. Seis dias trabalharás, e farás toda a tua obra. Mas o sétimo dia é o Shabat do  Senhor teu Deus; não farás nenhuma obra, nem tu, nem teu filho, nem tua filha, nem o teu servo, nem a tua serva, nem o teu animal, nem o teu estrangeiro, que está dentro das tuas portas. Porque em seis dias fez o Senhor os Céus e a Terra, o mar e tudo que neles há, e ao sétimo dia descansou; portanto abençoou o Senhor o dia do Shabat, e o santificou.''
(Êxodo 20:8-11)

A Queda de Adão

'' E ordenou o Senhor Deus ao homem, dizendo: De toda árvore do Jardim comerás livremente, mas da Árvore do Conhecimento do Bem e do Mal, dela não comerás; porque no dia em que dela comeres, certamente morrerás.''
(Gênesis 2:16-17)

''E viu a mulher que aquela árvore era boa para se comer, e agradável aos olhos, e árvore desejável para dar entendimento; tomou do seu fruto, e comeu, e deu também ao seu marido, e ele comeu com ela.''
(Gênesis 3:6)

'' E foram todos os dias que Adão viveu, novecentos e trinta anos, e morreu.''
(Gênesis 5:5)

O relato da Queda de Adão, nos leva a questionar; afinal de contas, Adão deveria ou não deveria morrer no mesmo dia?!
Esta é uma questão importante, pois, ao responde-la estaremos nos aprofundando no tema do Tempo e nas muitas formas de conta-lo e quão importante é este assunto para o estudante das Escrituras Sagradas. 

Mil anos com um dia - Um dia como mil anos

''Senhor, Tu tens sido o nosso refúgio, de geração em geração. Antes que os montes nascessem, ou que Tu formasses a Terra e o Mundo, mesmo de eternidade e eternidade, Tu és Deus. Tu reduzes o homem à destruição; e dizes: Tornai-vos, filhos dos homens. Porque mil anos são aos teus olhos como o dia de ontem que passou, e como a vigília da noite.''
(Salmos 90:1-4)

Assim que; se de acordo com o Salmo 90, um dia para Deus é como mil anos, então a questão sobre o tempo determinado para a morte de Adão se cumpriu, pois, Adão só viveu novecentos e trinta anos e morreu, restando então setenta anos para um dia como estipulado pelo Propósito Divino. Então, até aqui concluímos que; antes da criação do homem a forma de contar o tempo não estava sujeita a nenhum conceito conhecido pela humanidade, no entanto, após a Criação do Homem, o tempo passou a ser contado tendo como ponto de partida um dia como mil anos, e assim é contado o tempo até os dias de hoje do ponto de Vista Divino em relação a humanidade. Como testemunha Kefa HaShaliach, falando do Fim do Mundo, na passagem a seguir: 

''Mas os Céus e a Terra que agora existem pela mesma Palavra se reservam como um tesouro, e se guardam para o fogo, até o Dia do Juízo, e da perdição dos homens ímpios. Mas, amados, não ignoreis uma coisa, que um dia para o Senhor é como mil anos, e mil anos como um dia.''
(2 Pedro 3:7-8)

De acordo com a contagem judaica do tempo, nós estamos no ano 5775 anos desde o início do Mundo como o conhecemos, ou seja, com a estrutura natural da qual extraímos o nosso sustento e com a qual interagimos. E o Mundo desta forma só veio a existir depois da Queda de Adão, antes disso a estrutura do Mundo era outra, ou seja; a Lei da Natureza era diferente assim como era diferente a forma de contar o Tempo como já mencionado anteriormente. 
O Mundo como o conhecemos tem 5775 anos de idade, de acordo com o Salmo 90 e 2 Pedro, o Mundo já dura quase 6 Dias do Ponto de Vista Divino. Há quase seis mil anos que o homem e Deus trabalham pala perfeição do Mundo, o que no Mundo Judaico chamamos de Tiqun Olam, e quando chegarmos ao sétimo mil ano do Mundo como o conhecemos, então será inaugurado um Shabat de mil anos, onde Deus e os homens descansarão conjuntamente por estarem todos em Paz.

''E vi tronos; e assentaram-se sobre eles, e foi-lhes dado o poder de julgar; e vi as almas daqueles que foram degolados pelo testemunho de Yeshua, e pela Palavra de Deus, e que não adoraram a Besta, nem a sua imagem, e não receberam o sinal em suas testas e nem em suas mãos; e viveram, e reinaram com Mashiach durante mil anos.''
(Apocalipse 20:4)

Shalom UL'Hitraot!!!