Tevilá
Um Mandamento
Na postagem anterior:
Tratamos do assunto: “Quem inventou o Batismo”, e chegamos ao consenso de que “quem inventou” o Batismo, na verdade, foi Moisés, pois, seu conceito surgiu na Lei de Deus, a Torá e, portanto, isso faz do Batismo um preceito Divino. Aprendemos que o verdadeiro nome do Batismo na verdade é Tevilá e que o rito consiste em imergir o converso, o que desqualifica como válido os batismos por aspersão, aprendemos também que a Tevilá não será válida se for realizada num reservatório de água estagnada.
Para elaborar esta postagem, tomarei emprestados dados fornecido pelos doutores: Richard Aharon Chaimberlain - Editor da Revista em Língua Inglesa Petah Tikvah e o Dr. Bonney Cassady – tradutor da matéria.
Além de outras fontes que estarão disponíveis no final da postagem.
“Em verdade vos digo que, qualquer que não receber o Reino de Deus como menino, não entrará nele.”
(Lucas 18:17)
Ninguém leva de fato em consideração o que uma criança faz de errado, mas é sempre notório e digno de nota o que uma criança faz de certo. Tal comportamento por parte dos adultos em relação às crianças se dá pelo fato de entendermos que as crianças são desprovidas de responsabilidade e consciência, portanto, não podem ser responsabilizadas pelo que fazem. No entanto, são sempre elogiadas pelo seu bom comportamento, não apenas para que venham a sentirem-se estimuladas, mas porque realmente chamam a atenção dos adultos que as observam, pelo fato de; não terem noção clara de certo ou errado e, no entanto, às vezes nos surpreendem com comportamentos assertivos que naturalmente só se observa o mesmo comportamento em pessoas adultas e não em crianças. Daí surgem as “crianças superdotadas” que acabam por nos “enganar”, fazendo-nos (inconscientemente) pensar que são mais capazes do que o que realmente são com relação à responsabilidade e consciência, e isso nos impulsiona a dar-lhes mais confiança a mais do que a que realmente daríamos a uma criança “normal”, assim, comprometemos o desenvolvimento da criança em questão e a tornaremos sem perceber, em um adulto problemático, e tudo isso, porque em dado momento, ela se comportou de forma excepcional e nós nos encantamos com o seu comportamento e esquecemos que apesar de tudo, ela é simplesmente uma criança.
Nas Escrituras Sagradas, as crianças são isentas de responsabilidade, seja por uma quebra de uma Mitzivá, seja por negligência na transmissão dos valores da Religião. O motivo disso é por que a criança vive num oscilante e freqüente estado de “incosnciência-consciêncial” (assim eu a descreveria), tal estado, logicamente, irá se transformar ao longo dos anos, revelando assim, o verdadeiro caráter do indivíduo.
Por isso, constatamos um número enorme de pessoas criadas dentro de ambientes familiares religiosos e, no entanto, são na maioria das vezes, pessoas problemáticas, indiferentes e avessos com relação aos valores religiosos em que foram criados, dentre outros distúrbios observados, que contrariamente ao planejado se manifestam. Mas por quê? Será que o sistema religioso responsável pela educação dos indivíduos em questão não fora eficiente para a formação e manutenção “consciêncial” de seu adepto, apesar de toda a influência positiva ao seu redor?
O problema não se encontra no sistema religioso em si, mas na confiança desmedida dada ao jovem “adepto” que se manifestou de forma “surpreendente” evocando aos olhos dos observadores uma maturidade que não existe. Assim, o deixa “por conta própria” para tomar sozinho o rumo de seu caminho e por isso, naturalmente ele irá se desviar do propósito de sua religião ensinada por seus pais e líderes.
A Torá nos instrui com relação às crianças, que estes só poderão ter direitos e deveres de fato em meio à sociedade em que vive, após determinada idade e não porque demonstrou excepcional desenvoltura em seu comportamento com relação à determinada coisa. A Torá nos ensina que devemos sim ensiná-los sobre os valores morais, que devemos puni-los quando errarem e devemos recompensá-los quando acertarem, - aqui cabe tanto a criança quanto o adolescente – porém, tal conduta em relação à criança e ao adolescente deve ser tomada sempre com um caráter instrutivo, pois, todo e qualquer delito, grave ou leve, cometido pela criança ou pelo adolescente, é de responsabilidade de seus pais, ou seja; se a criança ou o adolescente se comporta de forma perniciosa ou destrutiva em relação à sociedade em que vive e os seus pais nada fazem para contê-lo, seus pais é que são os verdadeiros culpados pelos delitos cometidos pelos seus filhos. Por outro lado, quando a criança e o adolescente cometem delitos, os pais devem ser os primeiros a repreendê-los, caso a repreensão não seja suficiente, os pais devem castigá-los, caso o castigo não seja suficiente, os pais devem levá-los ao líder religioso que testemunhará a conduta perniciosa da criança e ou do adolescente e em condições modernas, devem ambos, o líder, os pais e os demais membros da congregação o excomungar, adentrou no pecado de Karet. Naturalmente, no tempo em que a Torá era vivida pelos judeus na Terra Santa, tal criança sofreria um severo castigo e o adolescente seria apedrejado, assim, diz a Torá: “Quando alguém tiver um filho contumaz e rebelde, que não obedecer à voz de seu pai e à voz de sua mãe, e, castigando-o eles, lhes não der ouvidos, então seu pai e sua mãe pegarão nele, e o levarão aos anciãos da sua cidade, e à porta do seu lugar; e dirão aos anciãos da cidade: Este nosso filho é rebelde e contumaz, não dá ouvidos à nossa voz; é um comilão e um beberrão. Então todos os homens da sua cidade o apedrejarão, até que morra; e tirarás o mal do meio de ti, e todo o Israel ouvirá e temerá.”
(Deuteronômio 21:18-21)
Hoje, porém, mesmo que os rabinos não admitam, a forma moderna da prática do Karet, foi instituída pelo Grande Rabi Yeshua MiNetzeret, quando ele disse:
“Ora, se teu irmão pecar contra ti, vai, e repreende-o entre ti e ele só; se te ouvir, ganhaste a teu irmão; mas, se não te ouvir, leva ainda contigo um ou dois, para que pela boca de duas ou três testemunhas toda a Palavra seja confirmada. E, se não as escutar, dize-o à Congregação; e, se também não escutar a Congregação, considera-o como um gentio e publicano.” (ou seja; excomunga-o = Karet moderna).
(Mateus 18:15-17)
Sendo assim, alguém pode perguntar: “Como pode então o menor estar inseto de suas responsabilidades se para ele é imputado um castigo tão severo quanto esse?” A resposta aqui, é a seguinte; o Eterno está tratando da Ordem e Decência dos que vivem e garantindo uma futura Remissão para o condenado, pois, o maior pecado na verdade é o pecado de grave repercussão espiritual (como por exemplo: O Desrespeito aos pais) e, portanto, a sua execução que para as testemunhas se apresenta como um evento horrendo, espiritualmente o perdoa daquela falta pela qual está sendo executado, pois, está Escrito: “Porque o salário do pecado é a morte...”
(Romanos 6:23)
Lógico que esse conceito não se apresenta muito indulgente e pouco atraente para uma sociedade como a nossa dada a tantos exageros e escândalos. Mas esse não é o tema do nosso assunto; O Salário do Pecado. Isso me parece um tema de uma posterior postagem, por enquanto, nos concentraremos na questão; a idade própria para a Tevilá.
Pois bem, a punição da criança e do adolescente está prevista por Lei, mas a sua culpa espiritual com relação ao seu delito não existe, ou seja; as crianças e os adolescentes não serão condenados (pela lógica já explicitada) pelo Grande Juízo instituído para julgar a todos no Yom-Acher (o Último Dia), também conhecido como o Yom-Norá (o Dia Temível), porque espiritualmente a criança e o adolescente não têm pelo Eterno, imputado as faltas de seus pecados.
Isso se mostra verdadeiro, quando observamos os judeus no Deserto, quando se rebelaram, o Eterno prometeu que nenhum deles entraria na Terra Prometida se não seus filhos menores de vinte anos: “E vossos meninos, de quem dissestes: Por presa serão; e vossos filhos, que hoje não conhecem nem o bem nem o mal, eles ali entrarão, e a eles a darei, e eles a possuirão.”
(Deuteronômio 1:39)
Isso nos deixa claro que mesmo que estas crianças e adolescentes tenham junto com os adultos também reclamado, também se rebelado contra Moshé e contra o Eterno, mesmo assim, o Eterno, nosso Deus, Bendito Seja o seu Nome, não pareceu se importar com eles, pareceu que suas ofensas não foram espiritualmente levadas em conta, se bem que naturalmente suas reclamações só acrescentaram mais tormento aos pais que por sua vez se voltaram contra Moshé. Porém, quando o Eterno resolve puni-los, apenas os adultos são mencionados, não foram inclusos na punição as crianças e os adolescentes, mas por quê?
Em outro lugar o Eterno quando orientou Moshé no sentido de montar o exército de Israel, Ele disse: “Tomai a soma de toda a Congregação dos filhos de Israel, da idade de vinte anos para cima, segundo as casas de seus pais; todos os que em Israel podem sair à guerra.”
(Números 26:2)
Observe que para o Eterno, um homem só era apto para a guerra após os vintes anos de idade. Para o Eterno – assim ele próprio determinou – acima de vinte anos é a idade em que o homem de fato pode escolher conscientemente o bem ou mal, antes disso, suas atitudes são tomadas pelo fervor da aventura, do descobrir, do viver experiências mil e, portanto, não tem a criança e o adolescente até antes dos vinte anos o direito de escolher por si só sem consultar os pais o caminho que deseja seguir. Por isso se torna necessário, e é recomendável, que os pais restrinjam as atividades de seus filhos com relação a horário, companhias, lugares que freqüentam, assim como o caminho a seguir.
Como está Escrito: “Ensina o teu filho no Caminho em que deve andar; pois, quando envelhecer não se desviará dele.”
Portanto, podemos concluir que; a idade em que ele não se desviará do Caminho em que foi educado é após os vinte anos de idade.
Diz o seguinte:
“Desde a infância até a adolescência, durante o período no qual o cérebro esta amadurecendo rapidamente, há crescimento concomitante da inteligência geral, desenvolvimento do ego, independência de campo, e outras variáveis cognitivas relacionadas. Não obstante, depois da adolescência, estas habilidades cognitivas não continuam a desenvolver-se. (...) A pesquisa indica que muitos aspectos do desenvolvimento cognitivo que estão relacionados estreitamente com o desenvolvimento do cérebro não continuam a expandir-se após o final da infância (...) Capacidades cognitivas fundamentais, tais como a inteligência, estão relacionadas estreitamente com a efetividade do funcionamento cerebral. Por exemplo, um aspecto da inteligência geral denominado “inteligência fluida”, que é a habilidade de raciocinar abstratamente e de perceber relações complexas independentemente da experiência passada e da educação, está associado com as funções de controle executivo dos lóbulos frontais.
Os lóbulos frontais estão envolvidos em gerenciar a atenção em relação às exigências de trabalho que são compreendidas e recordadas. (...) A inteligência fluida vai aumentando até os 17 anos, mas não depois desta idade. Do mesmo jeito, pesquisas psicométricas indicam que uma medida relacionada, o coeficiente de inteligência (QI), não aumenta após a adolescência. (...) A independência de campo é uma medida de “diferenciação psicológica”, um processo de desenvolvimento que é a base da habilidade de usar o próprio sistema interno de referência para a compreensão do ambiente perceptual e social; permite manter estabilidade interna em um ambiente mutável. A independência de campo está positivamente associada com a inteligência, incluindo a inteligência fluida, e também está positivamente correlacionada com medidas de desenvolvimento cognitivo tais como o estágio de operação formal e o estágio de raciocínio moral.
A independência de campo, da mesma forma que a inteligência, aumenta de forma progressiva até a idade de 17 anos, mas não aumenta depois desta idade. (...) Similarmente, teóricos da estrutura cognitiva propõem que o desenvolvimento cognitivo parece terminar em um estágio de habilidade de raciocínio abstrata que se atinge geralmente no meio ou final da adolescência. Uma medida cognitivo-estrutural amplamente usada do desenvolvimento do ego (ser, identidade própria) tem também mostrado pouca evidência de mudança após a idade de 18-20 anos.”
Os lóbulos frontais estão envolvidos em gerenciar a atenção em relação às exigências de trabalho que são compreendidas e recordadas. (...) A inteligência fluida vai aumentando até os 17 anos, mas não depois desta idade. Do mesmo jeito, pesquisas psicométricas indicam que uma medida relacionada, o coeficiente de inteligência (QI), não aumenta após a adolescência. (...) A independência de campo é uma medida de “diferenciação psicológica”, um processo de desenvolvimento que é a base da habilidade de usar o próprio sistema interno de referência para a compreensão do ambiente perceptual e social; permite manter estabilidade interna em um ambiente mutável. A independência de campo está positivamente associada com a inteligência, incluindo a inteligência fluida, e também está positivamente correlacionada com medidas de desenvolvimento cognitivo tais como o estágio de operação formal e o estágio de raciocínio moral.
A independência de campo, da mesma forma que a inteligência, aumenta de forma progressiva até a idade de 17 anos, mas não aumenta depois desta idade. (...) Similarmente, teóricos da estrutura cognitiva propõem que o desenvolvimento cognitivo parece terminar em um estágio de habilidade de raciocínio abstrata que se atinge geralmente no meio ou final da adolescência. Uma medida cognitivo-estrutural amplamente usada do desenvolvimento do ego (ser, identidade própria) tem também mostrado pouca evidência de mudança após a idade de 18-20 anos.”
Referência desta seção:
(10) Cognitive Psychology 30: 257–303, 1996.
(11) International Journal of Aging & Human Development 45: 99–109, 1997.(12) Acta Psychologia 26: 107–129, 1967. (13) Multivariate Behavioral Research 6: 503–514, 1971.
(14) Intelligence Research and Intelligent Policy. In How and How Much Can Intelligence Be Increased? Norwood, NJ: Ablex, 1982.
(15) Harvard Educational Review 39: 1–29, 1969.
(16) Psychological Differentiation. New York: Wiley, 1962.
(17) Child Study Journal 2: 67–76, 1980.
(18) Dissertation Abstracts International 32: 2190A, 1971.
(19) Journal of Personality and Social Psychology 7: 291–300, 1967.
(20) The Psychology of the Child. New York: Basic Books, 1969.
(21) Journal of Personality and Social Psychology 48: 947–962, 1985.
(22) Journal of Youth and Adolescence 8: 1–20, 1979
Estes dados fornecidos pela Ciência Moderna, são dados recentes, não se sabia disso a quarenta anos atrás, mas a Torá já regulamentava a emancipação do indivíduo na sociedade como ser independente aos vinte anos, e isso já faz mais de 3.500 anos. Só agora que a Ciência pôde vislumbrar e por assim dizer “supor” o que a Santa Torá já afirmava há milênios.
Com relação à Tevilá, não encontraremos nenhuma criança ou adolescente sendo ordenado a passar pelo Ritual de Tevilá, muito menos encontraremos qualquer criança e adolescente passando por Ele, o Ritual na Escrituras Sagradas.
“Também o homem, quando sair dele o sêmem da cópula, toda a sua carne banhará com água, e será imundo até à tarde.”
(Levítico 15:16)
“E todo o homem entre os naturais, ou entre os estrangeiros, que comer corpo morto ou dilacerado, lavará as suas vestes, e se banhará com água, e será imundo até à tarde; depois será limpo.”
(Levítico 17:15)
“Então o sacerdote lavará as suas vestes, e banhará a sua carne na água, e depois entrará no arraial; e o sacerdote será imundo até à tarde.”
(Números 19:7)
Notem, mesmo que qualquer criança ou adolescente viesse (ou venha) cometer qualquer destas coisas que a Torá classifica como imundícias, a criança ou o adolescente está isento da imputação da culpa espiritual com relação à condição de imundo, como descreve a Torá.
Portanto, só para recapitularmos: A Tevilá é um Rito importante de transição espiritual de uma condição imunda para uma condição santa, que adquiriu aqui no Ocidente a nomenclatura de Batismo, que tem como Fórmula Sagrada descrita na Lei de Deus como; uma imersão em uma fonte ou reservatório onde haja água corrente, por esse Rito passam todos os convertidos ao Judaísmo após a B’rit-Milá, e todos os conversos ao cristianismo em suas várias formas, porém tornou-se sabido que, não é considerada como válida a Tevilá realizada em reservatórios de água cuja água se encontra estagnada, tais como: Tanques, piscinas, barreiros ou cisternas. Também a Tevilá torna-se inválida, se o candidato não for imerso.
Restando apenas responder as seguintes perguntas:
1-Qual a idade apropriada para se passar pela Tevilá?
2-Quais são as palavras invocadas na hora em que o Rito está acontecendo?
Bom, com relação à primeira pergunta que resta, já estamos a ponto de concluir, e acredito que a essa altura já se tornou óbvio.
Na B’sorat HaQuedoshá (Novo Testamento), encontraremos a seguinte citação do Rabi Yeshua MiNetzeret acerca deste assunto:
“Quem crer e passar pela Tevilá será salvo; mas quem não crer será condenado.”
(Marcos 16:16)
Em outro lugar encontraremos Escrito:
“Toda a Boa Dádiva e todo o Dom Perfeito vem do Alto, descendo do Pai das Luzes, em quem não há mudança nem sombra de variação.”
(Tiago 1:17)
Bom, se em Deus não há variação, então nós, os judeus, estamos seguros de que não cometemos erro em elaborar nossas afirmações baseadas na Lei de Deus, que uma vez dita e Escrita não pode ser revogada.
Dessa forma, concluímos pela Lei de Deus e pelas palavras de Rabi Yeshua MiNetzeret, que a idade própria para a Tevilá é de vinte anos para cima. Pois, pela Lei de Deus e pela Ciência, ninguém está de fato seguro de si, pleno em suas funções mentais, antes dos vinte anos de idade, antes disso, toda e praticamente qualquer decisão séria que o mesmo (a criança ou o adolescente) tome; será impulsionada pela emoção e não pela razão, o que tornará o Rito inválido, não atingindo o seu objetivo.
Então, o que acontecerá com a criança ou o jovem que morrer sem antes ter passado “pelas águas do Batismo”?
Está escrito: “Rabi Yeshua MiNetzeret, porém, disse: Deixai os meninos, e não os estorveis de vir a mim; porque dos tais é o Reino dos Céus.”
(Mateus 19:14)
Pela Torá, essa expressão: “os meninos”, se referem a todas as pessoas antes dos vinte anos de idade.
Certo, mas e o que se deve dizer ou invocar no ato da Tevilá?
Essa resposta, não é difícil, porém, extensa. Darei nesta postagem, início a esse assunto, porém, o mesmo só será concluído na postagem seguinte, que resultará na terceira parte desse assunto.
Pois bem, Rabi Yeshua disse: “Ide, portanto, fazei discípulos de todas as nações, imergindo-os em Nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo; ensinado-os a guardar todas as coisas que vos tenho ordenado...”
(Mateus :19-20)
Toda a problemática com relação ao que se deve ser dito no ato da Tevilá ou Batismo, nasce aqui, e é também esse trecho que leva os teólogos ocidentais a fundamentarem o conceito da “santíssima trindade”, conceito abominável e inconcebível do ponto de vista da Torá, dos profetas e dos judeus como um todo. E por isso, tratar deste assunto aqui, tornará esta postagem extensa por demais.
Porém, antes de concluir, chamarei atenção, para as similaridades entre o Rito da Tevilá descrita e instiuída na Torá e o mesmo Rito praticado pelos discípulos do Rabi Yeshua MiNetzeret:
1- No Judaísmo, a Tevilá deve ser realizada em lugar onde haja Maim-Chaim (Águas Vivas=Fonte de Água), os discípulos fizeram assim: “E, indo eles caminhando, chegaram a uma fonte águas, e disse o eunuco: Eis aqui água; que impede que eu seja imerso? E disse Filipe: É lícito, se crês de todo o coração. E, respondendo ele, disse: Creio que Yeshua HaMashiach é o Filho de Deus. E mandou parar o carro, e desceram ambos à água, tanto Filipe como o eunuco, e o imergiu.” (Atos 8:36-38)
2- A Tevilá é o Rito requerido para conclusão do processo de conversão ao Judaísmo, na B’sorat HaQuedoshá a descreve tendo a mesma função.
3- Assim como a Tevilá é quem exterioriza ritualisticamente no Judaísmo um estado de pureza, na B’sorat HaQuedoshá (Novo Testamento) ela tem a mesma função.
A confusão teológica em cima deste assunto tão importante e, no entanto tão simples, se origina na afirmação absurda e tão corrente no meio cristão como um todo, que diz que Deus aboliu a Lei depois da vinda de Jesus. Assim, os cristãos precisaram no decorrer das eras elaborarem, baseados em seus próprios raciocínios as muitas respostas para os muitos “porquês” dos adeptos que se lhe chegaram. Dessa forma, rejeitando como inválida a Opinião Espiritual da Lei sobre todo o “corpo da Bíblia” acabaram por criarem uma nova religião, o que não foi o objetivo de nenhum dos escritores da B’sorat HaQuedoshá conhecido pelos gentios como novo Testamento (logicamente, também esse termo, é fruto de uma interpretação arbitrária e errada da expressão usada pelo escritor de Hebreus 9:15).
A estes que assim fizeram e fazem, Rabi Yeshua MiNetzeret toma a mulher samaritana como um exemplo dos tais, que mesmo sendo sinceros em sua fé, se encontram sinceramente equivocados, a estes Rabi Yeshua diz:
“Vós adorais o que não sabeis; nós adoramos o que sabemos porque a Salvação vem dos judeus.”
(João 4:22)
Fontes:
http://www.pazpermanente.com.br/brain/flaw.html
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