Verificou-se o descobrimento do Brasil numa época em que Portugal estava no auge da sua expansão no mundo.
Não era então somente a glória militar ou a busca romanesca de aventuras, ou ainda o desejo de dilatar a fé católica, que impeliam os portugueses às suas grandiosas expedições marítimas, em que singravam "mares nunca dantes navegados", intimoratos aos perigos, insensíveis às provações.
Ao lado desses motivos, e quiçá acima deles, o espírito comercial dominava as expedições. Visavam os portugueses quebrar o monopólio que até então, por intermédio das caravanas árabes, mantinham venezianos e genoveses sobre o intercâmbio mercantil com os portos do Levante, e desse modo assegurar a Portugal a posição de centro das grandes atividades econômicas da época, a função de empório de produtos e especiarias intensamente procurados pelos meios consumidores da Europa.
Fossem quais fossem, entretanto, os móveis do alargamento marítimo de Portugal, o certo é que ele não lograria produzir-se sem o longo período de descobertas e aperfeiçoamentos científicos, que precedeu o grande ciclo das conquistas, e no qual tiveram papel de sumo relevo os sábios da época.
Os sábios judeus dos séculos passados
Desde o século XII, aliás, vinham os judeus ibéricos se distinguindo extraordinariamente nos domínios da matemática, astronomia e geografia, ciências essas básicas para a arte náutica, especialmente para a navegação oceânica.
Merecem menção, entre muitos outros:
ABRAHAM BAR CHIA: Autor das obras "Forma da Terra", "Cálculo do Movimento dos Astros" e "Enciclopédia";
ABRAHAM IBN ESRA: Autor de "Utensílios Éneos", "Tratado do Astrolábio", "Justificação das Tábuas de Kvarismi" e "Tábuas Astronômicas"
JOÃO DE LUNA: Que escreveu "Epítomes de Astrologia" e "Tratado do Astrolábio";</DIR>
JACOB BEN MACHIR: Que escreveu "Tratado do Astrolábio" e inventou um instrumento de observação, chamado "Quadrante de Israel";
ISAK IBN SAID: Que elaborou um resumo concatenado das obras sobre astronomia dos gregos e árabes;
RABÍ LEVÍ BEN GERSON (GÉRSONIDES): Que escreveu as obras "Tratado sobre a Teoria e Prática do Cálculo", "Dos Números Harmônicos", "Tábuas Astronômicas sobre o Sol e a Lua" e "Tratado sobre a Balestilha", e construiu dois importantes instrumentos: a câmara escura e o telescópio, cuja invenção é geralmente atribuída a outros;
ISAAC ZADDIK: Que escreveu "Tábuas Astronômicas", "Tratado sobre Instrumentos Astronômicos" e "Instruções para o Astrolábio de Jacob ben Machir".
Esse vicejante movimento científico foi de forma excelente aproveitado pelos governantes portugueses em prol da ascensão do seu país à posição de grande potência naval.
Assim, o infante D. Henrique, apelidado "O Navegador", ao fundar, em 1412, a primeira academia de navegação, a tradicional "Escola de Sagres", escolheu para sua direção um dos mais famosos cartógrafos do século XV, o judeu Jehuda Crescas, indo buscá-lo, especialmente, nas Ilhas Baleares. Jehuda Crescas, também conhecido como mestre Jácome de Malorca e ainda comumente chamado "El judio de las Brújulas" - devido à sua grande experiência na fabricação de bússolas - teve por essencial missão ensinar aos pilotos portugueses os fundamentos da navegação e a produção e manejo de cartas e instrumentos náuticos.
Mais tarde, outros judeus de renome científico prestaram sua colaboração à Escola de Sagres, destacando-se os sábios José Vizinho, mestre Rodrigo e, sobretudo, Abraham Zacuto - autor do "Almanaque Perpétuo de todos os Movimentos Celestes" - figura de grande influência em todas as decisões que diziam respeito aos interesses do Estado, inclusive portanto às expedições oceânicas, uma das quais - a importante e bem sucedida viagem de Vasco da Gama que trouxe a descoberta do caminho marítimo à Índia - foi por ele planejada.
Afigura-se, desse modo, evidente que, em grande parte, a cooperação científica dos judeus do século XV tornou possível as viagens transoceânicas e as descobertas realizadas pela frota lusitana.
Mas, a contribuição judaica ao descobrimento de novas rotas e de novas terras para a coroa portuguesa não se limitou ao campo científico de feição preparatória, senão também se traduziu na participação direta das temerárias viagens, nas quais os judeus se revelaram de vital utilidade, graças inclusive ao conhecimento que tinham das línguas e costumes de vários países.
Assim, também tomaram parte saliente na expedição que resultou no descobrimento do Brasil, pois que, na frota dirigida por Pedro Álvares Cabral (o judeu cristão-novo), viajaram como conselheiros especialistas pelo menos dois judeus declarados: Mestre João, médico particular do rei e astrônomo equipado com os instrumentos de Abraham Zacuto, e que tinha como incumbência realizar pesquisas astronômicas e geográficas; e Gaspar de Lemos, também conhecido como Gaspar da Gama e Gaspar das Índias, intérprete e comandante do navio que levava os mantimentos, e justamente considerado pelos historiadores como co-responsável pelo descobrimento do Brasil. Que a propósito, antes de se tornar o nome do país, era na verdade um código desenvolvido entre os judeus portugueses, que viam surgir junto com o descobrimento do Brasil, a oportunidade de viverem longe dos “olhos perversos” da “Santa Inquisição”. Para poderem planejar cautelosamente cada passo de seu plano, os judeus graças à sua engenhosidade nata dada por Deus; criaram um nome código para a “operação” chamada B’Razei-Lev – blyzrb, que prodigiosamente pode ser lido da seguinte forma:
B’Razei-Lev – bl-yzrb:
Que significa; Os Segredos do coração. Referindo-se ao fato de que tinha que se comportarem como católicos à luz do dia e viverem sua religião judaica à noite, no íntimo de seus lares.
Mas também, tal vocábulo pode ser lido da seguinte forma:
Brasil-B – b-lyzrb:
Referindo-se ao futuro nome do país recém descoberto pelos judeus portugueses sob o domínio da Coroa Portuguesa. Como indicando que o Brasil seria politicamente dos portugueses, porém, sua regência interna se daria à forma judaica-anussita, proporcionando um futuro judaico à aquelas famílias que a muito custo, escaparam das “ferozes garras da igreja romana”.
O fabuloso plano arquitetado pelos judeus portugueses com relação ao Brasil, não saiu exatamente como planejado, porém, houve relativo sossego para os judeus que aqui vieram se estabelecer, e graças a essa “atmosfera judaica” dentro das terras católicas, é que foi possível o nascimento da Primeira Sinagoga das Américas, a Kahal Qadosh Tzur Israel.
E hoje em pleno século XXI, o mundo assiste estarrecido a ressurreição dos filhos destes santos israelitas-portugueses; nós os judeus anussitas, do Hebraico:
Yehudim B’Nei-Anussim – Myowna ynb Mydwhy;
os ilustres filhos dos forçados.
Fontes: www.gentedasnacoes.web.pt
Bandeirantes Espirituais do Brasil – Rab David Ytzichaq Weytman – Editora Mayanot.