quinta-feira, 1 de setembro de 2011

O Lugar dos Peregrinos



hyrbe
O Lugar dos Peregrinos
  
     No período do Primeiro Templo, os habitantes originais de Jerusalém foram os ancestrais dos sefaraditas (os judeus do Oriente). O rei da Babilônia invadiu a Cidade Santa com seus exércitos para destruir o Templo Sagrado e capturar toda a Israel, muitos dos ancestrais dos judeus sefaraditas foram mortos. Muitos deles fugiram para o Irã, Iraque, Marrocos, Turquia, e até mesmo a grande maioria para Salônica na Grécia, seus descentes diretos, são hoje chamados de “Judeus Orientais”. Mas, boa parte destes judeus orientais, saíram do Oriente Médio e chegando a uma península onde se sentiram seguros, lá se estabeleceram. Esta Península se chama: Sefarad.


     Lá, eles descobriram a fertilidade da terra e gostaram do clima, alem da relativa tolerância religiosa demonstrada pelos soberanos daquelas terras. Eles chamavam a península "Sefarad", que é a mesma Península Ibérica.

     Por causa da liberdade de culto concedida pelos soberanos de Sefarad aos judeus que lá se abrigava, as porções da referida Península ocupada pelos judeus foram chamadas de Iv’riá – hyrbe, que significa em hebraico "o Lugar dos Hebreus."

     Este “Lugar dos Hebreus” foi primeiramente localizado na conhecida Península Ibérica, mais tarde, este “Lugar dos Hebreus” veio a ser engolido pelo que hoje se conhece como Espanha. 


     A Rainha de Castela juntamente com Rei de Portugal implantaram a Inquisição. Muitos Judeus Sefaraditas foram assassinados, assim como outros adeptos de outras religiões na Europa que não se submeteram à Igreja Católica Apostólica Romana. O decreto da expulsão dos judeus da Espanha se deu em 1492. Foi em meio a essa atmosfera de desconfiança que Cristóvão Colombo, filho de judeus sefaraditas, mais um famoso judeu anussita – por isso que a rainha da Espanha, sendo católica praticante e uma das colaboradoras para a manutenção da Santa Inquisição pode ouvi-lo como ouviria a um católico praticante e assim ceder aos seus rogos – Colombo disse à rainha que não conseguia encontrar pessoas dispostas a aventurar-se em sua jornada compondo o contingente necessário para formar a tripulação dos três navios que havia construído, porque eles acreditavam que o mundo era plano e que o horizonte era a “borda do mundo”, portanto, todos os que de lá passassem cairia sabe-se lá Deus onde, sem falar das crenças mitológicas da época que evocavam dos mares os mais terríveis monstros marinhos, portanto, ninguém em sã consciência ousaria desbravar um lugar desses.


     A Rainha permitiu que Colombo compusesse suas embarcações com os criminosos do reino, que na época enchiam os calabouços, onde mais da metade destes eram os opositores da Igreja Católica, e mais da metade destes opositores eram os judeus sefaraditas. Foi por causa disto que há registros de que D. Isaaq Abravanel (ancestral do Sílvio Santos) teria apoiado financeiramente a empreitada de Colombo, porque; se para o mundo da época, Colombo se aventuraria nos mares atrás  de riquezas para a Europa, por outro lado; a empreitada de Colombo tinha a condição de livrar centenas de judeus da “mira da Inquisição”. Essa mesma característica pode ser observada nas embarcações de Pedro Álvares de Cabral, pois, todos os forçados ao catolicismo na época, buscaram livrar como podiam os seus irmãos, mas sempre procurando a máxima discrição, pois, não queriam também como aqueles, arriscarem a vida sua e de seus familiares. 


     Se bem  que só o fato de terem contribuído para a manutenção do Judaísmo Anussita – como hoje se vê – já constituíram motivo bastante para que também estes protetores judeus estivessem correndo o  mesmo risco que os demais.


     Assim, poderam os judeus sefaraditas forçados ao catolicismo se espalharem por todo o mundo conhecido, mesmo contra a vontade da Igreja Romana. E foi assim que estes judeus, filhos dos judeus orientais, estes judeus sefaraditas forçados ao catolicismo poderam chegar primeiramente à América do Sul no Novo Mundo, para depois se espalharem pela América do Norte e pelo Caribe. Portanto, a Espanha foi a primeira I’veriá, mas mais tarde se transformou em mais uma dentre tantas Iv’riot pelo mundo afora.


Fonte:

http://www.coisasjudaicas.com/2011/03/iveria-verdade-espanhola-judeus.html



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